segunda-feira, 1 de setembro de 2008

ARREPENDIMENTO

Quando falamos em arrependimento supomos que houve admissão da culpa, contrição e desejo de não cometer mais a mesma falta. Pelo menos, a intenção de se redimir deve existir para caracterizar o verdadeiro arrependimento. Difere do arrependimento puramente religioso componente de rituais onde somente se simula estar arrependido como no caso da quarta-feira de cinzas. São três dias de liberação dos mais carnais instintos seguido de um ritual com intenção de ter possíveis pecados perdoados, mas com prontidão a praticar tudo novamente.
Davi no Salmo 51 demonstra um profundo arrependimento por um pecado horrível que cometeu. Ele apela para a misericórdia de Deus, pede que seu pecado seja apagado. Admitindo sua culpa, ele diz que seu pecado está sempre diante dele, volta sempre à memória. Se derrama diante de Deus porque tem certeza de que Ele não rejeita a um coração arrependido.
Tendência a pecar todos temos, mas o desejo de agradar a Deus transforma o pecado para nós em algo repulsivo, não mais tolerável. Nós aprendemos a detectá-lo e fugir. Quando não conseguimos, Jesus está pronto a nos defender diante de Deus (1 João 2.1). Há ainda o recurso da confissão: "Se confessarmos os pecados Ele (Deus) é fiel e justo para nos perdoar e purificar de toda injustiça" (1 João 1.9).
João Batista, ao preparar o caminho para o Ministério de Jesus pregou o Evangelho do arrependimento, "arrependei-vos", ele dizia. Até então, as pessoas exerciam uma religião vazia que não promovia mudança de atitudes, como muitas religiões atuais. Mas o Evangelho tem poder restaurador, muda o rumo do viver mediante reconhecimento do estado pecaminoso, confissão do mesmo e desejo sincero de abandoná-lo. Sem isto, qualquer ritual é vazio e inútil.


Vítor de Oliveira

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